domingo, 28 de janeiro de 2018

Faça você mesmo: Braços mais naturais para sua Barbie baratinha



Um mar de opções...

Você já deve ter percebido a diferença de preços entre os vários tipos de bonecas Barbie nas prateleiras físicas ou de lojas online, não é?
Especialmente pra quem não mora nos Estados Unidos, a famosa boneca costuma ter um preço bastante elevado por causa de taxas e impostos. Por conta disso, muitas vezes a solução é optar pelas coleções mais baratas, seja para presentear alguém ou caso você também (como eu) tenha bonecas como seu hobby. Abaixo alguns prints de buscas que fiz no site das Americanas (note os preços):







Bem, esse tipo mais barato de Barbie pode ser encontrado com algum dos seguintes nomes: Barbie "Chic", "Basic", "Fashion", "Fashion and Beauty", "Glitter", "Glitz", "com anel", etc. Essas Barbies são originais, produzidas pela Mattel, mas com alguns cortes nos custos: as roupas são bem mais simples (muitas vezes os vestidinhos têm o nome "Barbie" como parte da estampa), o cabelo é solto e liso (sem muita variação no estilo), os acessórios são poucos (normalmente apenas um par de sapatinhos, do mesmo estilo para todas as bonecas da coleção, apenas com cores diferentes pra cada uma), a caixa também é bem mais simples (mas com o ponto positivo de ser mais fácil de abrir e retirar a boneca, e também mais fácil de reciclar), e o controle de qualidade não é tão bom (é mais comum encontrar defeitos nessa linha, especialmente na costura das roupas). Ainda assim são lindas bonecas, de muito boa qualidade. Eu gosto bastante delas, acho um ótimo custo-benefício, pois já vi roupinhas sem sapatos (e nem eram tão bonitas..) sendo vendidas por 19,90 ou até mais, então eu diria que vale muito a pena, apenas tenha atenção aos detalhes na hora de escolher a sua. Acho melhor comprá-las pessoalmente nas lojas físicas ao invés da internet. 

Mas enfim, a meu ver, a principal diferença entre essas Barbies e as versões mais caras é o corpo.

Abaixo, como comparação, o corpo de uma boneca mais cara (esse todo articulado é da Made to Move Skateboarder, apenas troquei a cabeça pela da Fashionista Daisy Pop) e o de uma das versões mais simples (Fashion and Beauty com vestido amarelo, de 2017. No resto do post vou chamá-la apenas de F&B):

Corpo articulado vs corpo mais "duro"

A incrível expressividade corporal das Barbies Made to Move


A Skateboarder custou 129,90 R$ e tem impressionantes 18 pontos de articulação. A F&B tem apenas 5 pontos de articulação, e custou... 29,90.

Comparação injusta, eu sei.. Então vamos comparar a F&B com as Fashionistas de hoje em dia, que têm preço e qualidade intermediários. 





A Barbie Fashionista tem cabelos de melhor qualidade e mais variados (curtos, longos, de várias cores e estilos, lisos ou cacheados.. e muito mais!), roupas mais bonitas (normalmente mais de uma peça), mais acessórios (relógios, óculos, brincos ou pulseiras..), sapatos diferentes pra quase todas as bonecas da coleção da qual fazem parte, etc. A caixa delas também chama mais atenção, mas é um pouco mais demorado de libertar a boneca. 

Fashionista Chambray Chic vs F&B

Fashionista Patchwork Denim vs F&B



Mas em termos de articulação essas bonecas são equivalentes (todas articulam em 5 pontos: pescoço, ombro direito e esquerdo, e os encaixes das pernas direita e esquerda com os quadris), embora os braços das Fashionistas tenham uma aparência mais natural e uma movimentação mais livre, menos "dura" que das opções mais baratas.


Esses braços têm mais "vida"


Ainda assim, a mais baratinha não faz feio no quesito beleza, apenas não tem a expressividade corporal das bonecas mais caras. Na minha opinião, as grandes diferenças entre as Barbies do tipo F&B e as de preços intermediários são:
- encaixe do pescoço (que nas F&B é uma extensão moldada do pescoço, e nas outras é uma peça com movimentação mais livre)
- braços (F&B movem apenas pra cima e pra baixo, enquanto as outras também se movimentam para os lados)




O encaixe do pescoço também ajuda em uma movimentação mais natural, mas como ele fica escondido, o grande problema que eu vejo nas bonecas do tipo F&B é o aspecto não tão natural dos braços (especialmente mãos).

E é justamente aqui que eu queria chegar! :D
Hoje vamos aprender a dar uma aparência mais natural aos braços das Barbies baratinhas!



Tutorial: Como modificar os braços da Barbie




Lembrando que esses procedimentos só devem ser realizados por adultos (de preferência não muito desastrados.. ^^'), e por sua conta e risco, pois existe chance de você se machucar ou danificar sua boneca. Se você nunca tiver feito nada assim antes mas mesmo assim quiser tentar, aconselho que teste primeiro em alguma boneca que você não goste tanto.


Então vamos lá! Pra esse tutorial, usei duas bonecas: uma F&B de vestido branco com flores (2017), e uma Glitz com vestido roxo (2016). 



1 - Tire todas as roupas e acessórios que a boneca possa ter. 

2 - Retire a cabeça dela também, pra não danificar os cabelos! A parte boa é que esse corpo tem o encaixe do pescoço sem ganchos, então esse passo é bem fácil: segure bem o corpo com uma mão, enquanto segura a cabeça com a outra (pegue pela parte das bochechas, não puxe pelos cabelos ou pode estragá-los), então com firmeza, puxe a cabeça até que ela saia.





3 - Em uma panela ou leiteira, coloque água pra esquentar. Quando estiver fervendo, levante um dos braços dela pra cima, e coloque esse braço dentro da água fervente (com cuidado pra não se machucar), e deixe por uns 15-20 segundos.




4 - Abra a torneira, retire o braço da boneca da água e rapidamente segure-o na posição desejada, ao mesmo tempo em que coloca tudo sob água corrente (aqui é muito fácil se queimar, pois o plástico está muito quente. Cuidado!), deixe escorrer água até que o plástico esfrie completamente:




5 - Se não der certo da primeira vez, repita o processo.

6 - Se tudo deu certo, você terá algo assim (já dá pra notar a diferença):




7 - Agora é só repetir do outro lado, tomando o cuidado de deixar o braço já modificado fora da água fervente. O resultado ficou assim:




Agora o antes e depois das meninas:


Loira, F&B


Morena, Glitz


Com roupas trocadas (a morena está usando também o colar da Fashionista Va-Va-Violet)


Esse pequeno hack não muda a mobilidade dos braços, mas ajuda muito na aparência, que fica bem mais natural.

Bom, é isso por hoje. Tem muitas outras coisas que se pode fazer pra tornar cada boneca mais próxima do gosto pessoal de cada um. Aos poucos vou mostrando mais aqui no blog. ;-) 

O que vocês acharam do resultado? E vocês, já fizeram alguma modificação nas suas bonecas ou em algum outro brinquedo?



quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Projeto (des) Acumuladores – Parte 03

Pequenos tesouros

Esse post é parte da minha jornada contra a acumulação, e serve apenas para mostrar algumas das coisas que meu irmão acumulador achou interessantes o suficiente pra manter guardadas em nossa casa como se fossem pequenos tesouros. Muita coisa eu não fotografei, apenas joguei fora direto, mas abaixo você pode ver algumas das que tive oportunidade de registrar (à medida em que for limpando, pode ser que acrescente mais fotos e detalhes).


Vidro vazio e velho de perfume. Esse estava há muitos anos em casa. Ele achou na rua, já vazio. Lembro porque nos mostrou como se fosse um troféu.. Na foto estou usando uma meia preta sem par como luva



3 lanternas estragadas, um saco plástico vazio, diversos fios elétricos, fita k-7, cartão de crédito de loja (cancelado há mais de 15 anos),... tudo enfiado num saco



2 luminárias estragadas (tinha outras mais), 4 sacolas de tecido para transporte de valores, um resto de rolo de fita de trânsito



Esse cabo longo de metal pintado de amarelo



O puff velho e mofado, e o móvel bonitinho mas que tem gaveta e porta que não abrem (já apareceram no post 1)




Um sino....



Assim como esse carregador, havia vários outros itens: estragados, faltando pedaços, apenas tomando espaço e sugando nossa energia..


Uma mochila super rasgada (mochila tinha várias, essa era a penas a pior delas)


Uma pia...




Isso na foto, acreditem ou não, são toucas descartáveis usadas, do tempo em que ele trabalhava como cozinheiro. Ganhava uma dessas por dia e após o uso, trazia pra casa e ia acumulando, ao invés de descartar. Aqui tinha apenas uma pequena quantidade e dentro de um saco plástico. Mas as outras que já encontrei estavam misturadas a outras bagunças (roupas sujas, sapatos velhos, sujeira, mofo...) e em quantidades enormes (suficiente pra encher pelo menos 2 travesseiros)




Esse... inseto de metal? Não tenho a menor idéia de pra quê isso serve ou serviu, só sei que ficou em casa por pelo menos uns 2 anos, enfiado em um dos armários da cozinha.. Mas pelo menos deu uma foto bem legal J



Outras coisas que encontrei: bolsas e mochilas velhas que ele cata na rua, diversos pares de sapatos estragados (alguns mofados), roupas manchadas, rasgadas e mofadas, roupas e sapatos de mulher, curvador de cílios, potes plásticos pra comida (nem todos estavam limpos), meias velhas sem pares (inclusive algumas minhas que haviam sumido), retalhos de tecido rasgados/manchados, papéis de todos os tipos (promoções vencidas, guardanapos, cartões de visita de serviços que ele não usa) sendo que muitos deles mofados, muitos (mas MUITOS mesmo) carregadores de celular estragados e fios diversos, baterias velhas, comida vencida há anos,...

Tenho pesquisado muito sobre o assunto, e também converso com outras pessoas a respeito. Alguns nunca ouviram falar disso, mas a maioria já passou ou conhece alguém que passa por situação parecida..

Aqui o desabafo desesperado de uma mulher casada com um acumulador, e nos comentários ela compartilha a solução que encontrou para criar sua filha em um ambiente saudável. Nos comentários também muitas outras pessoas revelam situações semelhantes...

Aqui o antes e depois do apartamento de uma mulher que não conseguia ver o piso há 4 anos.


E você, o que acha de tudo isso? Qual sua visão a respeito desse distúrbio? Já passou por algo semelhante ou conhece alguém que viva uma situação assim?



domingo, 14 de janeiro de 2018

Projeto (des) Acumuladores – Parte 02




Pequenas vitórias

Recapitulando, comecei  a documentar minha jornada contra a acumulação em nossa casa no dia 19 de dezembro de 2017. No dia seguinte, encontrei uma matéria ótima com um resumo do método de organização FlyLady, e resolvi colocar em prática, ao menos o que já dava pra implementar na hora (mas não me restringi aos 15 minutos sugeridos pois quero ver os resultados em bem menos tempo). Nos dias seguintes vivi, duas vezes ao dia (pela manhã antes de ir trabalhar, e ao voltar no final do dia), a quase aventura de encontrar pelo menos 27 itens pra doar ou jogar fora. Incrível como vai ficando até mesmo divertido, quase como um jogo.

Na primeira semana consegui retirar de casa pelo menos 10 sacos de lixo de capacidade de 100 litros, entre materiais recicláveis e orgânicos. Isso tudo sem contar o que foi separado pra doação: um aquecedor quebrado, uma pia (sim, uma pia.. Uma pia, que ficou alguns meses no corredor de entrada do nosso apartamento. A desculpa é que ia ficar só ali no cantinho por pouco tempo, porque ia ser vendida, mas não foi), um criado-mudo, utensílios de cozinha, muitas revistas e algumas roupas também, entre outras coisas.

No final do feriadão (dia 2 de janeiro) o pessoal da instituição veio recolher tudo, e é incrível como a sala já parece muito maior do que era. Também nesse tempo consegui lavar todas as paredes da cozinha e quase todas da sala, e colei alguns taquinhos do parquê que estava soltando há tempos em algumas partes do piso. Nas próximas folgas vou lavar o que falta e continuar a pintura (que comecei agora no dia 10 de janeiro).
Outra coisa que notei é que os gatos também estão bastante alegres com mais limpeza e espaço pra brincar! Me sinto uma “mãe” muito mais feliz. ^__^


Shatira e Chuchu, meus filhos lindos peludos:



Algumas semanas agitadas

Foram algumas semanas agitadas, com muita coisa acontecendo: trabalho, calor, uma pia entupida (que ainda não consegui resolver), muito cansaço.. Parte do meu tempo livre foi usado também pra consertar algumas coisas: além dos taquinhos do piso, também dei uma demão de tinta no forno elétrico, que estava um pouco enferrujado e descascando em cima, limpamos muitos cobertores, pintei as paredes e teto da cozinha (o teto eu acho que nunca havia sido pintado, e as paredes haviam sido pintadas há muitos anos num tom amarelo claro mas estavam repletas de manchas que não saíram com a lavagem das semanas anteriores), e eu finalmente recebi (e instalei) uma peça que completa minha secadora de roupas, e com isso vai ficar mais fácil secar volumes maiores como os cobertores e cortinas. Ainda tem muitos reparos pra fazer na cozinha e na casa toda, mas já começamos a ver mudanças muito grandes e animadoras!

Rápido antes e depois de parte da cozinha:




Uma alegre surpresa

Bom, perdi a conta de quantos sacos de lixo (capacidade 100l; entre recicláveis e lixos orgânicos) já foram até agora, e devido ao calor que temos passado (verão) e minhas poucas folgas do trabalho, o processo ficou um pouco mais lento do que nos primeiros dias. Ainda ouço do meu outro irmão o eventual “isso ainda pode ser útil”, mas percebo que estamos ficando bem mais conscientes em termos do que deve ou não ser guardado.

E outra coisa muito boa aconteceu nessas semanas: meu irmão acumulador apareceu de surpresa em um dia de minha folga, enquanto ainda havia em casa muitas coisas juntadas por ele que separei pra doação, e também alguns sacos grandes com variados tipos de lixo. Eu ainda estava no banheiro quando o ouvi perguntar onde estavam todas as coisas dele que ficavam no canto perto da cortina da sala. De lá mesmo eu respirei fundo (achei que lá vinha briga) e calmamente disse que tinha um pouco no roupeiro e mais um pouco dentro da estante. Ouvi a porta do roupeiro se abrindo. Silêncio... (Seria um bom sinal? Em tempos anteriores ele já estaria xingando aos gritos..) Saí do banheiro, ele me perguntou se tinha “baixado a Maria” (se estava faxinando a casa), porque no ponto em que ele chegou já havia mudanças bastante grandes e positivas. Eu aproveitei e disse que estávamos há tempos com problemas de baratas, cupins e outros bichos dentro de casa, e assim já não dava mais.



Agora uma pausa pra explicar que faz alguns meses, após alguns eventos difíceis onde o apoiamos, ele deixou de ser agressivo conosco (comportamento que vinha desde a infância) e tem inclusive se desculpado em algumas situações (e isso nunca acontecia, e agora já temos quase 40 anos de convivência e pelo menos uns 25 de brigas constantes), e esse foi um dos motivos de ter resolvido tentar de novo a limpeza geral agora.

O resto da conversa foi bastante tranqüilo. Eu aproveitei a calma dele e disse que não queria que ele trouxesse mais lixo pra dentro de casa. A resposta dele foi “que lixo?”, e a minha foi “restos de construção, coisas velhas que outros jogaram fora, peças velhas, etc” e pra minha surpresa ele não se alterou em nenhum momento. Outra surpresa foi que ele não tentou em nenhum momento revirar nenhum dos sacos na sala pra pegar coisas de volta.

Nos dias seguintes ele apareceu mais vezes, e num deles apenas me perguntou educadamente onde eu havia guardado alguns sapatos, e quando mostrei onde estavam ele ficou bastante feliz. Em outro momento comentou comigo que não jogava nada fora. Eu não aproveitei o gancho dessa vez, mas ainda quero aproveitar (quando a casa estiver um pouco mais limpa e organizada) e falar sobre o mal que essa acumulação faz (e como muitas vezes só percebemos quando a situação já foi longe demais), e como fica bonita a casa quando conseguimos jogar os excessos fora.
Como forma de incluí-lo, torná-lo cúmplice, também pedi que ele separasse coisas que não quer mais, que já estejam estragadas, pra jogarmos fora. Não sei se ele vai fazer isso, mas ao menos no momento ele concordou, ao invés de brigar.

Mas pra equilibrar, o outro irmão tem contestado quanto a certas coisas que estou separando pra doação. Algumas caixas ele chegou a revisar (ou melhor dizendo, revistar...) pra ver se eu estava descartando alguma coisa que ele considerava útil... Essa semana me disse de novo que poderíamos precisar de algumas dessas coisas. Eu respondi calmamente que ali estava o perigo, pois com a desculpa de que podemos precisar, terminamos soterrados em porcarias que pouco ou nunca usamos.


(Clipart daqui)



Coisas que têm me ajudado muito nessa jornada

1-     A diferença da casa limpa e organizada é muito grande (não tem argumento contra isso). Os espaços que se abrem mostram como o ambiente era na verdade maior do que se imaginava, apenas era ocupado por tralhas...

2-      Muita calma e bom senso na hora de conversar com quem acumula (ou mesmo quem a princípio não parece acumular, mas já se acostumou com a situação, e demonstra o mesmo “medo” de vir a precisar de algum item), destacando todos os pontos positivos e as melhorias que já aparecem, e também a questão da limpeza vs saúde e qualidade de vida.

3-      Organizar e limpar sozinha, pois assim ninguém contesta o que estou fazendo. Sei que em muitos casos é importante que o acumulador participe da limpeza, pois assim ele vai aprendendo e se prevenindo de acumular mais. Mas isso nem sempre é possível, nem sempre os outros membros da família estão preparados pra essa mudança. Como eles dificilmente lembram das coisas que têm soterradas entre outras coisas, fica mais fácil se livrar desses itens se eles não estiverem olhando (como roupas manchadas, estragadas, vidros vazios, alguns papéis velhos, comidas vencidas, etc). No meu caso, se meus irmãos participassem dessa limpeza, o processo seria muito mais lento e estressante, e quase nada seria jogado fora. Por isso preferi fazer tudo sozinha, que é bastante cansativo fisicamente, mas mentalmente é a opção mais rápida e pacífica.

(Essa linda moldura vem desse site)



Tenho que admitir de novo que eu também acumulava muitas coisas (embora ao longo dos anos eu já tenha me livrado de muitos excessos), e esse tem sido um processo de libertação pra todos nós. Ainda que a maioria das coisas que esteja jogando fora agora não tenham sido acumuladas por mim, ver cada um desses itens desnecessários tomando espaço na casa tem me ajudado a olhar tudo com uma nova perspectiva, de mais distanciamento emocional. Por exemplo, antes eu guardava todas as receitas que nossa mãe havia colecionado, simplesmente pelo fato de que ela havia posto muito amor nessa tarefa de juntar cada uma delas, pensando em repassar pra nós ou mesmo preparar pra família. Mas eu resolvi manter somente as receitas que tem maiores possibilidades de realmente ser utilizadas, e algumas também que ela escreveu à mão. Quando jogamos fora as pilhas e pilhas de coisas desnecessárias, fica muito mais fácil valorizar e apreciar os verdadeiros tesouros que antes ficavam escondidos como apenas mais uma gota de água no oceano do caos e da desordem.



E você? Já fez ou pensou em fazer alguma mudança radical em sua vida, mesmo sem ter o apoio da família?